quinta-feira, 25 de março de 2010

Biquini que não sai de moda!


Como não falar que a música dos anos 80 não é boa? Simplesmente é a melhor fase do rock nacional. Então nada melhor que uma banda da época bolar um álbum homenageando talentos da época. O Biquini Cavadão (uma das bandas que mais gosto) arriscou em fazer isso pela segunda vez. E como na primeira vez foi um sucesso com regravações inesquecíveis como Camila Camila e Múmias (essa ainda tem a participação do Renato Russo) no primeiro álbum em homenagem ao rock oitentista – o vol1 foi lançado em 2001 – não se espera surpresas para o segundo que seria (e foi) lançado em 2008. Porém o Biquini Cavadão é uma banda fantástica e conseguiu trabalhar de uma forma inovadora dessa vez gravando ao vivo e com participações bastante mescladas.

O Biquini Cavadão iniciou em 85 com ainda vocalista Bruno Gouveia (na minha opinião um dos melhores do Brasil), o ainda tecladista Miguel Flores da Cunha e o ainda baterista Álvaro Birita juntos com o baixista Shiek que posteriormente saiu. Mas ainda em seu primeiro ano o grupo que era apadrinhado por ninguém menos que Hebert Vianna lançou o primeiro hit nacional – Tédio – e agregaram a mais um grande músico, o guitarrista Carlos Coelho. Depois disso só foi sucesso, ora em músicas típicas 80’, protestantes como “Zé Ninguém”, ora com pops como “Vento ou Ventania”, músicas que consagraram a banda e que eternizarão na cultura musical brasileira. E se ficar falando mais deles e de seus sucessos perde a graça. A intenção é atiçar para descobrir, ou seja, fazer com que as pessoas procurem saber quem é o Biquini por si só (o que eu acho difícil, todo mundo conhece a banda, se não conhecer por nome com certeza lembra de algum sucesso). O que devo dizer é que em qualquer apresentação para divulgação (ou não) de qualquer álbum essa banda faz o show mais eletrizante que se possa ter.

Mas voltando ao álbum 80 vol2...A mesclagem antes citada é um ponto positivo com participações de artistas de diferentes estilos musicais como Claudia Leite, Hudson e Tico Santa Cruz que se encaixam em excelentes versões do que há de mais expressivo nos anos 80. Músicas como Exagerado, Música Urbana, Revoluções por Minuto e Romance Ideal caracterizam um estilo bastante expansivo que vai de bom humor e protesto até romance e melancolia. Os arranjos bem no estilo Biquini soam muito bem e prevê um domínio musical da banda em se impor e renovar (vai ter muita gente achando que algumas faixas são realmente letras deles como foi no vol1 com Camila Camila e outras).

Uma versão que merece destaque e que gosto bastante desse álbum é “Humanos” do artista Supla e outra que foi me apresentada (quero dizer que eu conheci ela a partir desse disco) é a animadíssima Sexta Feira da própria banda.


segunda-feira, 22 de março de 2010

"Numa sentada só"


“Numa sentado só” foi a frase infeliz que escutei quando peguei emprestado o livro Clube do Filme, mas olhando pelo lado interessante da coisa, realmente, o livro que tem pouco mais de 230 páginas é fácil e rápido de ser lido.

Sabe quando temos um livro ideal, que vai de acabamento, composição, tipografia até a excelente história? Pois é, Clube do Filme é assim. Escrito pelo premiado e crítico de cinema David Gilmour o livro conta com todas essas características. É interessante quando falamos “não julgue o livro pela capa”, mas a primeira coisa que fiz foi isso, juntei o título à agradável apresentação da capa e me hipnotizei (e olha que não leio muito).

Gilmour conta nessa obra um pedaço de sua biografia com seu filho, em uma das piores passagens de sua vida. Um filho rebelde de 15 anos que odeia a escola com um pai desempregado, sem dinheiro e sem saber o que fazer. Não se trata de filmes, mas de um trato, um pacto de pai e filho, questões familiares e comportamentais e por fim o crescimento humano, a aprendizagem renovável.

A idéia é muito interessante, em meio a muitos problemas o pai propõe ao filho que em troca do mesmo largar a escola, que tanto odeia, eles se juntem a um clube do filme, que tem como objetivo uma única obrigação: assistir juntos a 3 filmes por semana (Isso não seria fantástico?!). Filmes de Tarantino, Woody Allen, Stanley Kubrick e outros mestres. Atuações incríveis de Sharon Stone, Jack Nicholson, Clint e outros fabulosos. Enfim, roteiros, fotografias, produções e tudo que envolve o cinema é criticado (não somente no sentido ruim) e incrivelmente usado numa analogia estranhamente bonita com a própria vida e o próprio cotidiano(quantos projetos experimentais poderiam estudar isso!).

É tanta informação boa e tanta aprendizagem de vida, seja paterna, seja materna e por aí vai, que consegue nos prender em todos os capítulos sem restrições. É um tipo de livro que não para no “fim”, mas que incentiva você a procurar mais e querer mais de si pessoalmente e culturalmente. (E como é tão bom você chegar no fim do livro e ver uma listagem de todos os filmes citados na história).

segunda-feira, 15 de março de 2010

Após quase 1 mês ausente, voltei!



Uma noite espetacular com grandes personalidades é sempre marca registrada na
premiação do Oscar. Mas o que mais nos agrada é que passa os anos e os conservadores da academia consegue nos surpreender sempre. Não que seja sempre positivamente, mas nesse ano, com tanta coisa boa pra ver, não podia ser diferente, aconteceram excelentes surpresas.

Começando pelos apresentadores Steve Martin e Alec Baldwin que conseguiram, após anos de preocupação dos organizadores, manter a platéia (tanto ao vivo quanto telespectadora) animada durante todo o evento. O que acontece é que quando não se falava “e o Oscar vai para...” a audiência era baixíssima, mas esse ano foi bacana. Outra parte legal para falar é que mudaram algumas coisas na festa, duas coisas que me chamaram mais atenção foram: Quando se anunciara o vencedor da categoria se dizia “e o Oscar vai para...”, mas a partir desse ano vai ser “e o vencedor é...” (acredito que a nova forma dá mais credibilidade aos candidatos e menos ao evento). E outra fantástica mudança foi ter 10 concorrentes para melhor filme, o que não acontecia a anos (ultimamente eram sempre 5 candidatos). Isso é bom até um ponto, esse ano, por exemplo, tivemos uma grande produção de filmes excelentes, quero ver como vão fazer quando não tiverem demanda de filmes bons. Outra coisa legal foi a irreverência de Ben Stiller, que entrou fantasiado de AVATAR para premiar a “melhor maquiagem” da noite (que por um acaso foi um dos poucos que acertei – Star Trek).

Em relação a premiações fiquei feliz de Avatar não rapar quase nada. Não que o filme seja ruim, pelo contrário, o filme é fantástico (visualmente) e com certeza lembraremos dele como algum divisor de águas para a história dos efeitos visuais. Fico triste do Tarantino não ter levado roteiro ou diretor, mas ver Kathryn Bigelow e seu filme Guerra ao Terror levar os dois principais prêmios da noite foi incrível (é a primeira vez que uma mulher ganha como “melhor direção”). Junto com o melhor filme, outro longa que ainda não vi (ando tão sem tempo que tá foda de assistir tudo que quero) e quero ver imediatamente que também papou bons prêmios é UP – Altas Aventuras. E por último, mas não menos importante (essa frase é ridícula) as atrizes Sandra Bullock e Mo’Nique terem ganhado por melhor atriz e coadjuvante respectivamente foi fantástico (só acho que Zoe Saldana deveria estar concorrendo também).


Melhor filme
“Avatar”
“The Blind Sinde”
“Distrito 9

“Educação”
“Guerra ao Terror” – VENCEDOR
“Bastados Inglórios”
“Preciosa”
“Um Homem Sério”
“Up – Altas Aventuras”
“Amor Sem Escalas”

Melhor diretor
James Cameron, “Avatar”
Kathryn Bigelow, “Guerra ao Terror” – VENCEDOR
Quentin Tarantino, “Bastardos Inglórios”
Lee Daniels, “Preciosa”
Jason Reitman, “Amor Sem Escalas”

Melhor ator
Jeff Bridges, “Crazy Heart” VENCEDOR
George Clooney, “Amor Sem Escalas”
Colin Firth, “A Single Man”
Morgan Freeman, “Invictus”
Jeremy Rennet, “Guerra ao Terror”

Melhor atriz
Sandra Bullock, “The Blind Side” VENCEDOR
Helen Mirren, “The Last Station”
Carey Mulligan, “Educação”
Gabourey Sidibe, “Preciosa”
Meryl Streep, “Julie & Julia”

Melhor ator coadjuvante
Matt Damon, “Invictus”
Woody Harrelson, “The Messenger”
Christopher Plummer, “The Last Station”
Stanley Tucci, “Um Olhar do Paraíso”
Christoph Waltz, “Bastardos Inglórios- VENCEDOR

Melhor atriz coadjuvante
Penelope Cruz, “Nine”
Vera Farmiga, “Amor Sem Escalas”
Maggi, “Crazy Heart”
Anna Kendrick, “Amor Sem Escalas”
Mo’Nique, “Preciosa” - VENCEDOR

Melhor animação
“O Fantástico Sr. Raposo”
“Coraline e o Mundo Secreto”
“Up – Altas Aventuras” - VENCEDOR
“A Princesa e o Sapo”
“The Secret of Kells”

Melhor roteiro original
Guerra ao Terror” - VENCEDOR
“Bastardos Inglórios”
“The Messenger”
“Um Homem Sério”
“Up – Altas Aventuras”

Melhor roteiro adaptado
“Distrito 9″
“Educação”
“In the Loop”
“Preciosa” - VENCEDOR
“Amor Sem Escalas”

Melhor filme estrangeiro
“Teta Assustada”, Peru
“A Fita Branca”, Alemanha
“O Profeta”, França
“Ajami”, Israel
“O Segredo de Seus Olhos”, Argentina - VENCEDOR

Melhor direção de arte
“Avatar” - VENCEDOR
“O Imaginário do Dr. Parnassus”
“Nine”
“Sherlock Holmes”
“A Jovem Victoria”

Melhor fotografia
“Avatar” - VENCEDOR
“Harry Potter e o Enigma do Príncipe”
“Guerra ao Terror”
“Bastardos Inglórios”
“A Fita Branca”

Melhor figurino
“Brilho de uma Paixão”
“Coco Antes de Chanel”
“O Imaginário do Dr. Parnassus”
“Nine”
“A Jovem Victoria” - VENCEDOR

Melhor edição
“Avatar”
“Distrito 9″
“Guerra ao Terror” - VENCEDOR
“Bastardos Inglórios”
“Preciosa”

Melhor maquiagem
“Il Divo”
“Star Trek” - VENCEDOR
“A Jovem Victoria”

Melhor trilha sonora
“Avatar”
“O Fantástico Sr. Raposo”
“Guerra ao Terror”
“Sherlock Holmes”
“Up – Altas Aventuras” - VENCEDOR

Melhor canção original
“A Princesa e o Sapo”, com “Almost There”
“A Princesa e o Sapo”, com “Down in New Orleans”
“Paris 36″, com “Loin de Paname”
“Nine”, com “Take It All”
“Crazy Heart”, com “The Weary Kind” - VENCEDOR

Melhor documentário de longa-metragem
“Burma VJ”
The Cove” - VENCEDOR
“Food, Inc”
“The Most Dangerous Man in America”
“Which Way Home”

Melhor documentário de curta-metragem
“China’s Unnatural Disaster: The Tears of Sichuan Province”
“The Last Campaign of Governor Booth Dardner”
“Music by Prudence” - VENCEDOR
“Rabbit à la Berlin”