segunda-feira, 5 de abril de 2010

Na Natureza Selvagem - Into The Wild


É tanta coisa para falar desse filme que não sei por onde começar. Na Natureza Selvagem é dirigido por um dos mais promissores diretores e também um dos melhores atores americanos, o “mil e uma utilidadesSean Peen (que pra mim é o melhor ator da história do cinema).

Para começar é importante falar o contexto histórico da produção desse filme. Por causa de atritos, declarações abertas contra o governo Bush e sua guerra no Iraque, além de interesse freqüente à história Venezuelana o diretor Sean Peen acabou sendo desprestigiado por produzir um dos melhores filmes de 2007. O que eu quero dizer é que apesar do filme apresentar qualidades suficientes para ser indicado como o melhor do ano e também por outras características não passou por 2 indicações, sendo uma delas como melhor montagem (que pra mim é um dos pontos fortes junto com a fotografia). O que é mais interessante é que toda a crítica americana enalteceu a história que busca uma liberdade utópica (o que batia de frente com as modelo políticas de Bush) que é fascinantemente demonstrado no filme.

Além do espetáculo de direção do Peen e da fotografia de Eric Gautier, outra parceria que resulta em uma excelente “cobertura do bolo” e que é mais que merecedora de um grande destaque. Eddie Vedder (vocalista do Pearl Jam) lidera a composição musical e interpretação caprichando numa trilha sonora, que narra a história com tanta clareza e sentimento quanto a própria montagem. Simplesmente fascinante a combinação do timbre de Vebber, das letras e da pureza que deve ser mostrado.

Na natureza selvagem conta a história de um recém formado que foi criado com “o ideal de família americana” e está prestes a entrar para a faculdade. Mas esse garoto tem outros planos: buscar a liberdade. O mesmo então se abdica de seus bens materiais e de seu futuro na faculdade para seguir em uma aventura pelos interiores dos estados americanos até traçar seu último objetivo: viver a vida no Alasca. No meio de idas e vindas o personagem principal que deixara de chamar Christopher McCandless passa a se chamar Alexander Supertramp (interpretado pelo ator Emile Hirsch que mais tarde contracenaria com Sean Penn no premiado “Milk”) vivencia experiências com diversos personagens em meio de muita aprendizagem e questionamentos sociológicos.

Apesar de ser um filme pouco dinâmico e com grandes diálogos (que são surpreendentes) não deixa de nos prender por um momento sequer. Um longa-metragem que foi baseado na história real de Christopher McCandless e brilhantemente adaptado por Sean Peen (que lutou por dez anos pela autorização da família McCandless para fazer o filme) com parceiras incríveis e grandes atuações, onde tudo se encaixa, deveria ter tido um reconhecimento maior em sua época.


Um comentário:

Fê Rosa disse...

Lindo filme!
Sean Peen é d+ como ator e diretor!